Páginas

domingo, 14 de junho de 2015

SIMPLICIDADE VOLUNTÁRIA

É um termo bonito. É uma filosofia bonita. Eu particularmente gosto dessas ideias de redução, abrir espaços. Tenho muito disso. Gosto de reduzir ao máximo o materialismo. Por conta desse meu gosto (peculiar, talvez?), sempre busquei ler sobre essas coisas. No começo, não sabia como pesquisar, ficava jogando palavras-chave no google. Acabei achando vários blogs de organização, decoração, orçamentos. Não era bem o material que eu queria consumir, mas aprendi a gostar, até que um dia cheguei à primeira palavra que nortearia minhas pesquisas: Frugalidade.

Quando descobri essa palavra, minhas pesquisas no google ficaram mais proveitosas. Eu conseguia, finalmente, consumir o material que eu sempre quis consumir, mas o conceito de frugalidade se restringe ao mundo material, se restringe à itens de consumo. Frugalidade seria extrair o máximo de proveito de um produto, usar todas suas funções e aproveitar ao máximo cada item. Frugalidade não se atém muito ao preço, você pode ser frugal e ter um celular de R$3.000, desde que use ao máximo o produto. Eu queria um material, uma leitura, que tivesse mais significado.

Minhas pesquisas sobre frugalidade me lançaram para um novo conceito, uma nova palavra para jogar no google: minimalismo. Da mesma maneira, comecei a pesquisar muitas coisas sobre minimalismo, ler blogs, sites, canais no youtube, li muita coisa sobre minimalismo até que comecei a desenvolver uma ideia própria sobre minimalismo. Não se atendo apenas a restringir o materialismo, mas comecei a valorizar as experiências, o aprendizado, as boas companhias, a solidão, aquilo que não é material. Comecei a pensar muito sobre essa questão do materialismo e de valorizar o que é simples, o que é essencial para a vida. Um simples copo d'água passou a ter um valor inimaginável para mim, hoje em dia não é mais assim, mas proposta ainda se mantém. Com essas novas ideias, cheguei a outro tema que ainda é pouco explorado pelos blogs em geral, que é o da simplicidade voluntária, que prega basicamente o que a minha versão de minimalismo pregava: valorizar o simples, o essencial e desapegar do material, do sujo, do poluente.

Tendo apenas 16 anos e vivendo na dependência de pessoas que não se norteiam por esses conceitos, é complicado exercer essas ideias. Tento, na medida do possível, e mesmo não tendo a relevância financeira de um adulto, percebo que minhas atitudes impactam naqueles que me rodeiam. Atitudes em prol da simplicidade voluntária. Espero crescer logo, ter minha profissão, meu emprego, ganhar meu salário, podendo exercer a simplicidade voluntária e colher de fato todos os frutos dela.

Por falar em profissão, essa também é uma questão abordada pela simplicidade voluntária. Precisamos trabalhar para viver, precisamos do dinheiro, mas não podemos supervalorizar essas coisas. O dinheiro não pode ser o nosso objetivo, ele deve ser meramente um meio de conseguir nossos objetivos. Portanto, não é necessário trabalhar com algo que você não gosta para ganhar dinheiro. É preciso aproveitar as experiências, incluindo o trabalho, logo, é necessário trabalhar com algo que você goste e não pensar apenas no dinheiro. Essa ideia foi basicamente o que me motivou a escolher o curso que eu farei e a profissão que eu pretendo seguir.
Enfim...

Abraços, até a próxima.

Um comentário:

  1. Cada um tem a sua própria definição de “simplicidade”, "essencial" ou "mínimo", uma definição que muda com o tempo, de acordo com nosso caminho, nossa maturidade, nosso momento. E você me parece bem maduro e aproveitando ao máximo essa coisa chamada internet. Eu demorei décadas para aprender a me concentrar mais em experiências e em pessoas, e menos em objetos e em acúmulo de bens. Ufa! Parabéns pelo lindo texto!

    ResponderExcluir